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MPPI consegue condenação de integrante de facção por feminicídio em TEresina

Promotor de Justiça João Malato Neto teve a tese acolhida na íntegra pelo Conselho de Sentença

Promotor de Justiça, João Malato Neto

Promotor de Justiça, João Malato Neto Foto: MPPI

O Ministério Público do Piauí, representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto, teve a tese acolhida na íntegra pelo Conselho de Sentença e conseguiu a condenação de Igor Rodrigues de Sousa, integrante de uma facção criminosa, a pena de 22 anos e 02 meses de reclusão, em regime fechado, além de uma indenização aos familiares da vítima de R$ 150.000,00. O réu foi imediatamente conduzido à penitenciária para iniciar o cumprimento da pena, após o julgamento realizado na Comarca de Teresina, nessa terça-feira, 07 de maio.

"A polícia fez um trabalho muito bom, com a quebra dos sigilos telemáticos, e verificou-se que ele marcou um encontro com a vítima na madrugada do dia 8 de março. E após ele ter pego a vítima em casa, ela não foi mais vista, e depois o corpo dela foi encontrado quase dois meses depois. A investigação concluiu que o acusado é membro de uma facção e a vítima seria supostamente de outra. O lugar onde ela residia era dominado por outra facção, então esse seria o motivo da morte dela, porque ela morava em um local dominado por uma facção rival. Então foi um crime premeditado, pois levou a vítima até esse lugar e fez uma execução conhecida como Tribunal do Crime. E uma amiga recebeu fotos pelo Whatsapp dela cavando a própria cova,  e nessas imagens mostra uma pessoa com a pistola apontando para a vítima. Posteriormente teve outra imagem dela morta dentro dessa cova", explicou o promotor João Malato.


O condenado foi levado a julgamento pela prática dos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio (artigo 121, §2º, I, IV e VI, todos do Código Penal) e ocultação de cadáver (artigo 211, do Código Penal). Em março de 2021, nas margens do Rio Poty, próxima a Casa de Bombas do Dique do bairro Vila Mocambinho, zona norte, em Teresina, o acusado participou ativamente do assassinato de Gizele Vitória Silva Sampaio, adolescente com 17 anos de idade.

A vítima foi levada ao local do crime pelo acusado. Gizele foi obrigada a cavar a própria cova e depois foi executada com dois disparos de pistola na nuca. O acusado enterrou e ocultou o corpo da vítima em um cemitério clandestino, situado nas margens do Rio Poty.




“Estes crimes à época dos fatos causaram grande repercussão na sociedade de Teresina, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio, cometido em um contexto de rixa de facções criminosas”, frisa o promotor de Jusstiça João Malato Neto.

Fonte: MPPI

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