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Robert Rios acionará MP para investigar contratação de estagiários na antiga gestão

No ano de 2020, a Prefeitura de Teresina contratou 1.900 estagiários de forma ilegal e sem a realização de teste seletivo

Robert Rios (PSB), vice-prefeito de Teresina e secretário de Finanças do Município

Robert Rios (PSB), vice-prefeito de Teresina e secretário de Finanças do Município Foto: Reprodução

O vice-prefeito e secretário municipal de Finanças (Semf), Robert Rios, anunciou que irá acionar os órgãos de controle para averiguar todas as possíveis irregularidades em relação a contratação e pagamento de estagiários da Secretaria Municipal de Educação (Semec), contratados em 2020, mas que tiveram seus vencimentos atrasados pela antiga gestão, comandada pelo ex-prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB).

“Em um ano eleitoral, o então prefeito, Firmino Filho, contratou 1.900 estagiários sem a realização de nenhum teste seletivo, que passaram a substituir os professores de forma ilegal, porque a Lei de Diretriz da Educação não permite que estagiários deem aula no lugar dos professores, mas os estagiários fizeram isso e não foram pagos”, lembrou Robert Rios.

Tentando equilibrar as contas públicas da capital, Rios também lamenta a irresponsabilidade fiscal do seu antecessor. “No dia 31 de dezembro, faltando poucas horas para entregar o cargo, o ex-prefeito liquidou R$ 27 milhões em dívidas com várias associações que nem conhecemos, mas não pagou os estagiários. Estamos encaminhando todos esses problemas ao Ministério Público”, concluiu.

Os professores da rede municipal de ensino estão em treve desde o mês de março de 2020,  após a aprovação do reajuste salarial da categoria pela Câmara Municipal de Teresina (CMT). De acordo com a proposta da Prefeitura de Teresina, o reajuste de 12,84% concedido pela administração municipal seria dado de forma parcelada, o que gerou insatisfação da categoria. Na época, a Prefeitura Municipal de Teresina, ainda na gestão do ex-prefeito Firmino Filho (PSDB), alegou que a medida se deu devido aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), portanto, a correção salarial seria concedida de forma parcelada.

Veja a declaração de Robert Rios:


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