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Professores invadem plenário, agridem vereadores e impedem votação de aumento

Os grevistas derrubaram Deolindo Moura, invadiram o Plenário e impediram a votação da matéria pelos vereadores

Grevistas ocupam a mesa diretora da Câmara Municipal de Teresina

Grevistas ocupam a mesa diretora da Câmara Municipal de Teresina Foto: Renan de Sousa

Os servidores municipais em greve invadiram o Plenário da Câmara Municipal de Teresina e agrediram os vereadores Deolindo Moura (PT) e Teresinha Medeiros (PSL).  Os outros vereadores tiveram que deixar o recintos correndo. Os manifestantes impediram a votação do reajuste de 12,84%, parcelado em duas vezes, proposto pelo prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB). A matéria volta à pauta na terça-feira (17), segundo o presidente da Câmara, vereador  Jeová Alencar  - que vai se filiar ao MDB nesta sexta-feira (13) no Cine Teatro da Assembleia Legislativa.

Deolindo Moura foi ao chão, depois de ser empurrado por um grupo de manifestantes. Segundo o vereador, os grevistas aproveitaram a sua saída do Plenário para uma entrevista para invadir o recinto. O vereador caiu no tapete na Câmara e foi amparado por um manifestante.

Já a vereadora Teresinha Medeiros (PSL) foi agredida nos braços e rosto por uma manifestante, que chegou a derrubar o óculos da parlamentar. A vereadora seguiu para a delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra o Sindicato das (dos) Servidoras (es) Públicas (os) Municipais de Teresina (Sindserm).

O motivo
Depois de aprovado nas comissões de Constituição e Justiça e de Finanças da Câmara Municipal de Teresina, o reajuste seguiu para o Plenário, onde foi aprovada a urgência para votação da proposta. Uma segunda votação foi aberta, mas não houve tempo para votar mais nada.  

Com cartazes nas mãos e gritando palavras de ordem contra o prefeito Firmino Filho, os manifestantes invadiram o recinto e subiram nas poltronas e mesas onde sentam os vereadores e também ocuparam a mesa diretora dos trabalhos. “Retira, retira, retira”, gritavam os grevistas.

"Uma atitude irresponsável que colocou em risco a segurança de todos, não só dos vereadores, mas de todos que estão na Câmara. A tentativa foi de barrar a votação. Vamos esperar os ânimos se acalmarem e a votação vai ocorrer em local secreto”, acusou a líder do prefeito, vereadora Graça Amorim (Progressistas).

Deolindo Moura nega ter agido de maneira proposital, abrindo aporta para a invasão dos grevistas. “Eu fui derrubado e pisoteado não faria isso de propósito, eu só abri a porta para conceder uma entrevista”, garantiu o vereador petista.

O presidente da Câmara Jeová Alencar solicitou à Polícia Militar que reforçasse a segurança para garantir a integridade física dos vereadores, que podem votar o reajuste em outro local, o que está previsto no Regimento Interno da Câmara. "Nós entendemos que é necessário maior diálogo com os professores, porém, estamos pedindo o reforço policial, para tentar a votação ainda hoje”, avisou Jeová Alencar. 


 

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