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O prefeito de Barro Duro, Deusdete Lopes (Progressistas) virou réu após acusação do Ministério Público (MP) que denunciou a prática de improbidade administrativa realizada pelo gestor no ano de 2018, pela prática de condutas vedadas nas eleições. A ação inicial foi recebida na última quinta-feira (8) pelo juiz Marcos Augusto Cavalcante Dias, da Vara Única da Comarca de Barro Duro.
De acordo com a denúncia, no ano de 2018, o atual gestor do município de Barro Duro, Deusdete Lopes, utilizou a estrutura pública em benefício dos candidatos Flávio Nogueira (PDT) e Wilson Brandão (Progressistas). A estrutura em questão é a rua pública Manoel Soares Teixeira, via que fica localizada em frente a residência do prefeito, e conforme a denúncia foi utilizada para fins de reunião eleitoral da coligação “A Vitória com a Força do Povo”, composta pelos partidos: PT, MDB, PDT, PSD, PP, PTB, PC do B, PR, PRTB.
Ainda conforme o documento, no dia 4 de outubro de 2018, foram iniciados os procedimentos para a abertura do Procedimento Preparatório Eleitoral (PPE), para coletar informações referentes a reunião eleitoral ocorrida no dia 3 daquele mês, entre às 20h e 21h. O evento contou com a participação dos então candidatos: Flávio Nogueira candidato a deputado federal pelo PDT, Wilson Brandão, candidato a deputado estadual pelo Progressistas. O documento também cita os candidatos a senador Marcelo Castro (MDB) e Ciro Nogueira (Progressistas), além do governador Wellington Dias (PT).
Ainda consta na denúncia que houve a veiculação de propaganda eleitoral irregular, como o funcionamento de alto-falantes e amplificadores de som em distância inferior a 200 metros ao Fórum Local e a sede da Promotoria Eleitoral, prejudicando os trabalhos ali executados.
Após arquivamento do PPE citado, foi determinada também o envio dos autos ao Procurador Regional Eleitoral para as providências cabíveis, e a Promotoria de Justiça de Barro Duro, que irá apurar a suposta prática de ato de improbidade praticado.
Deusdete Lopes confirmou que a reunião ocorreu na frente da sua residência, e que foi organizada pela sua esposa Cármen Lúcia e sua filha Márcia Marcela. O gestor também admitiu que a rua foi ocupada por cadeiras, veículos e a própria população durante o encontro, o que acabou prejudicando o tráfego de veículos.
O prefeito tem o prazo de até 15 dias para apresentar defesa por escrito.
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