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MP pede cassação de chapa vencedora do Progressistas em Elesbão Veloso

A ação investiga abuso de poder econômico e político para a compra de votos contra o prefeito eleito em Elesbão Veloso, Rafael Barbosa (PP), o vice Arthur Linard (PTB)

Dinheiro encontrado na casa de cabo eleitoral no município de Elesbão Veloso durante fiscalização realizada no dia 5 de novembro

Dinheiro encontrado na casa de cabo eleitoral no município de Elesbão Veloso durante fiscalização realizada no dia 5 de novembro Foto: Reprodução

O Ministério Público do Piauí, através da 48ª Zona Eleitoral, entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral por abuso de poder econômico e político para a compra de votos contra o prefeito eleito em Elesbão Veloso, Rafael Barbosa (PP), o vice Arthur Linard (PTB), a secretária municipal de saúde, Maria Augusta Soares, Moisés Ferreira da Silva, preso por compra de votos, e o empresário Stefanio Lima Verde e Lima.

Na ação, o órgão pede a inelegibilidade e cassação dos registros de candidatura de Rafael Barbosa e Arthur Linard, por abuso de poder econômico. O MP pede também a aplicação de multa, que pode variar de 1.064,10 a R$ 53.205,00.

A investigação foi iniciada no início do mês de novembro ,quando Moisés Ferreira da Silva foi preso. Junto com o suspeito foram encontrados anotações e mais R$ 3.400. Conforme o promotor do caso, o dinheiro  encontrado com o investigado estava etiquetado com nomes de eleitores, o que seria um indício de funcionamento de um esquema para uso da máquina pública e distribuição de dinheiro que iria ser utilizado para a compra de votos no município.

Ainda conforme a investigação,  Moisés também possuía ordens de serviços da Secretaria de Saúde do Município, com recursos do Programa SOS Saúde. A ordem de serviço seria prestada por uma empresa do ramo de transportes, que tem como proprietário o emprespario Stefanio Lima.

Conforme diz o documento. “há indicativos suficientes de que, em Elesbão Veloso, implementou-se conchavo para uso da máquina pública com o intuito de auferir vantagens eleitorais. Verificam-se indícios de utilização de serviços públicos para a concretizar a captação ilícita de votos, em favor da eleição dos requeridos Rafael Barbosa e Arthur Linard”.

Além das negociações, o MP alegou que a empresa de transportes recebeu da Secretaria Municipal de Saúde o pagamento de R$ 1.913.518,39, ao longo dos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020.

Em nota, a coligação encabeçada pelo partido Progressistas se posicionou sobre o assunto:

A coligação Unidos por Elesbão, vencedora do pleito 2020, esclarece que não foi notificada pelo Ministério Público e que, no material apreendido no dia 5 de novembro, não há qualquer registro envolvendo o prefeito eleito Rafael Malta Barbosa nem o vice Arthur Paes Landim.

Rafael Malta Barbosa e Arthur Paes Landim esclarecem ainda que o pleito foi legítimo e que a vitória da coligação foi uma decisão do povo de Elesbão Veloso, que optou pelo caminho do trabalho que todos já conhecem e que a ação movida pela oposição faz parte de uma medida desesperada e inconformada com o resultado nas urnas.

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