POLITICANDO

Chapa da OAB/PI quer ganhar voto usando nome e sobrenome jurídico

A soberba se torna desnecessária na avaliação da maioria dos advogados e advogadas e faz perder apoios

Print de comentário de candidato de chapa para OABPI

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O breve relato de um candidato a conselheiro federal na Chapa 20, nas redes sociais, causou mal-estar entre os advogados piauienses. Ele destaca de forma pomposa o fato da Chapa 20, ter em seus quadros candidatos com nome e sobrenome, herdeiros de famílias com capital político, que emprestam aos descendentes esse prestígio para se perpetuar no cenário jurídico.

O entendimento dos advogados e advogadas é que a afirmação soberba, além de desnecessária, tem cunho preconceituoso. A política de classe deve ser a representação das vontades dos diferentes grupos da sociedade,e a apropriação familiar desse espaço, em pleno século XXI, não condiz com os interesses da OAB/PI, que defende a liberdade, a imparcialidade e a justiça.

A influência do sobrenome na escolha dos candidatos remete à perpetuação do poder em monarquias e regimes ditatoriais, e não em regimes democráticos. Muito menos em uma eleição de classe.

Posicionamentos como este, em um pleito eleitoral que vai selar o futuro da instituição que representa os advogados, verdadeiros defensores da justiça, e é guardiã do Estado Democrático de Direito, são inaceitáveis.

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