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Repercutiu forte na Assembleia Legislativa do Piauí a investigação da Polícia Federal que investiga a participação de militares de alta patente do Exército na trama orquetrada pelo "Gabinete do Ódio" em Brasília para executar o presidente Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e ministro do STF, Alexandre de Moraes. As execuções tinham até data marcada: dia 15 de dezembro de 2022.
O deputado Henrique Pires (MDB) discursou, na sessão plenária desta terça-feira (19), sobre a operação deflagrada contra militares suspeitos de tramar um golpe de Estado e articular a execução do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Henrique Pires defendeu a alteração da Constituição Federal para que o ordenamento brasileiro passe a admitir a prisão perpétua. “Quando você encontra uma quadrilha com o intuito de matar não só o presidente Lula, mas a decisão do povo brasileiro que elegeu Lula e Alckmin... Merecia uma constituinte para que criminosos como esses não voltassem à rua”, frisou.
O deputado ainda parabenizou o ministro Alexandre de Moraes pela decisão que autorizou as investigações. “O deputado Henrique Pires, democrata, ficou estarrecido com o que leu nos jornais nesta madrugada. A que ponto está chegando esse extremismo maléfico na nossa nação?”, questionou.
O deputado Evaldo Gomes (Solidariedade) também manifestou preocupação com os recentes acontecimentos, como o atentado ao STF que resultou na morte do autor do ataque, e os atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro de 2023. “Consequência do radicalismo, do extremismo implantado no Brasil pela política bolsonarista”, disse.
De acordo com Evaldo Gomes, esses são fatos que precisam ser discutidos pelo Congresso, mas também pelos legislativos estaduais e municipais. “Temos que combater e denunciar o extremismo, mas temos que dizer ao povo brasileiro que o grande responsável por tudo isso é o ex-presidente Bolsonaro”, concluiu.
O deputado Gil Carlos (PT) defendeu que os episódios narrados sejam apurados com rigor, “para que os responsáveis sejam devidamente e exemplarmente punidos”, pontuou.
Data marcada
O dia 15 de dezembro de 2022 foi, segundo a Polícia Federal (PF), a data em que se colocaria em prática o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin. Nesta data, Lula estava em São Paulo, participando de um evento com catadores de materiais recicláveis. Alckmin se reunia com governadores em um hotel em Brasília.
Três dias antes, em 12 de dezembro, diversos locais da capital federal foram alvos de atentados de um grupo que, por vários dias, ficou acampado em frente ao Quartel General do Exército, pedindo apoio aos militares para um golpe de Estado, de forma a evitar o retorno de Lula à Presidência da República.
Duas semanas depois, no dia 24 de dezembro, integrantes deste mesmo grupo chegaram a colocar uma bomba em um caminhão de combustível estacionado nas proximidades do aeroporto de Brasília.
Investigações sobre estes eventos apontaram, na época, indícios de que esses atos estavam conectados. Com a Operação Contragolpe, deflagrada hoje, a PF investiga se os planos de assassinato de Lula e Alckmin também têm conexão com os fatos ocorridos em 12 e 24 de dezembro.
De acordo com a PF, essa organização criminosa que planejava o assassinato de Lula e Alckmin chegou a detalhar como seria o planejamento operacional, o que incluía até mesmo uso de "armamentos extremamente letais, bem como de uso de artefato explosivo ou envenenamento".
Lula em SP; Alckmin em Brasília
A data citada seria 15 de dezembro de 2022, dia em que Lula encontrava-se em Armazém do Campo, no centro de São Paulo, participando da 9ª edição da Expocatadores, evento com catadores de materiais recicláveis.
O evento contava com a participação de entidades internacionais, representantes do cooperativismo solidário e cerca de mil catadores e catadoras de materiais recicláveis, vindos de todo o Brasil, bem como do Chile, Argentina, Colômbia e Panamá.
Já Alckmin participava do evento Pacto pela Aprendizagem com diversos governadores no B Hotel, promovido pelo movimento Todos pela Educação e pela Unesco em Brasília.
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