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Chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira vai comandar fundo de R$ 55 bilhões

Com o FNDE nas mãos, Ciro pode alicerçar o caminho para o governo do Piauí em 2022

O presidente Jair Bolsonaro com o senador Ciro Nogueira

O presidente Jair Bolsonaro com o senador Ciro Nogueira Foto: Reprodução

O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, passa, oficialmente a partir desta segunda-feira (1º/6), a comandar um orçamento superior a R$ 55 bilhões. O Diário Oficial da União de hoje publicou a nomeação do chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira, Marcelo Lopes da Ponte, para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O cargo vem em boa hora. Com o FNDE nas mãos, Ciro Nogueira pode alicerçar o caminho para o governo do Piauí. Um sonho antigo que Ciro pode realizar agora, quando passa a contar com um "cabo eleitoral" fortíssimo para negociar apoio político dos prefeitos piauienses à sua candidatura em 2022.

O FNDE é uma das principais autarquias do Ministério da Educação, com orçamento de superior a R$ 55 bilhões em 2019, e executa vários programas de alcance nacional, como o Programa Nacional do Livro e Material Didático (PNLD), Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Além da nomeação do "afilhado" do senador Ciro Nogueira, o DOU de hoje também traz a exoneração da antiga presidente do FNDE, Karine Silva dos Santos. A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto.

Marcelo Lopes da Ponte
Foto: Reprodução


Pavor de Impeachment

Depois de vários pedidos de impeachment terem sido protocolados no Congresso, o medo de ser cassado tem levado o presidente Jair Bolsonaro a abusar da velha e condenável prática da barganha, o troca-troca escuso de apoio político por cargos no governo, principalmente com os partidos que integram o “Centrão”.

Nas últimos meses, com os olhares do país para as mais de 30 mil mortes e mais de meio milhão de infectados pela Covid-19, o governo Bolsonaro virou um “balcãozão de negócios” e o “toma-lá-dá-cá” prossegue em Brasília, numa corrida desenfreada de parlamentares pela parte que lhes cabe nos escalões do poder central, com novas indicações de cargos por aliados do presidente na Câmara dos Deputados e no Senado ao longo da semana.


Fonte: Paulo Pincel

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